sexta-feira, 23 de abril de 2021

Parque Sonoro : Uma experiência que vai além da Musicalização

 

 

 

 

 


 

Pode se pensar a principio, que o parque sonoro ,seja uma atividade apenas de cunho musical, porem se fizermos uma reflexão mais aprofundada sobre suas possibilidades, podemos constatar que essa instalação  apresenta uma infinidade de possibilidades pedagógicas, desde formas geométricas, coordenação viso motora, lateralidade, coordenação motora ampla e fina, estimulações táteis, socialização, desenvolvimento da linguagem, oralidade concentração.



Se pensarmos no BNCC o parque sonoro vai de encontro as diretrizes e orientações  apontadas pelo documento .









O que diz o BNCC

Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural

Traços, sons, cores e formas – Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciarem diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção,

Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro

 O Aprendizado e o lúdico sonoro
"A criança se movimenta nas ações do seu cotidiano. Correr, pular, girar e subir nos objetos, são algumas das atividades dinâmicas que estão ligadas à sua necessidade de experimentar o corpo não só para seu domínio, mas na construção de sua autonomia. A ação física é a primeira forma de aprendizagem da criança, estando a motricidade ligada à atividade mental. Ela se movimenta não só em função de respostas funcionais (como ocorre com a maioria dos adultos), mas pelo prazer do exercício, para explorar o meio ambiente, adquirir melhor mobilidade e se expressar com liberdade. Possui, nesta etapa de sua vida, um vocabulário gestual fluente e expressivo.
A atividade da dança na escola pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.”

Planejar para aproveitar:

Sugestão de utilização do parque sonoro por cada turma:

 Uma a duas vezes por semana, com períodos de 30 a 40 mim dependendo do tamanho da turma.

Essa limitação de tempo é fundamental para não esvaziar as possibilidades rapidamente e manter em alta o interesse dos alunos.

 

 

Quando se apresenta ao aluno a possibilidade de explorar, descobrir e experimentar uma instalação pedagógica como o parque sonoro. É muito importante a orientação e o planejamento, não que uma livre exploração não seja importante e rica. Mas um bom planejamento pode e deve potencializar esse aprendizado.

A seguir farei uma lista de sugestões de atividades:

                                           

Corpo, gestos e movimentos

(atividades voltadas ao desenvolvimento da pisco motricidade, e a coordenação áudio e viso motora )

Jogos de estatua:

 Peça para o aluno toca algumas vezes e o grupo se movimenta livremente  quando ele para todos ficam estatua ai ele escolhe um outro amigo tocando no ombro dele o grupo que permanecia estatua,só se mexerá quando o escolhido começar a tocar .

Imitando os movimentos dos instrumentos

Tocando com os cotovelos

Explorando sons com os pés

Explorando com a pontinha dos dedos



 

 

Traços, sons, cores e formas 

 

Desenhando o parque sonoro

Desenhando seu som favorito 

Conte todos os círculos

Procure os quadrados

Conte as cores

Ache o instrumento mais colorido e o menos colorido

 

Adivinhe o som:

Nesse jogo você tampa os olhos de um aluno, e pede para outro tocar qualquer som 3 vezes ,esse aluno senta e o aluno com os olhos tampados deve repetir os som que ouviu .de 3 chances se ele não acertar .

Procure um som fraco procure um som forte

O importante é que a cada rodada de exploração, termine com uma roda de conversa, um espaço para livre de reflexão e partilha, embora o professor tenha que coordenar as idéias.

 

 

 


Escuta, fala pensamento e imaginação:

 

Criar historia no parque Sonoro, e ir tentando relacionando os sons

O gigante corria atrás do Joãozinho (relacionar sons  aos passos do gigante )

Imitar com vocalizações os sons dos objetos.

                                                                                                               

Fazer ligações entre os sons e contos de fadas e por ai vai.

Imaginar os sons da chuva nos guarda-chuvas cheios de sons

Aqui as possibilidades são numerosas, pois a imaginação infantil é um rico tesouro inexplorado.

O parque sonoro assim pode ser um território da imaginação e da exploração. e cabe ao professor  se o guia dos alunos nessa maravilhosa aventura de sons ,imaginação e aprendizado. Assim se deve ir alternando dias de livre exploração com dias de atividades dirigidas.

 


 

 

 

                                     Professora Sônia Jardim

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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